A SOLIDARIEDADE

A SOLIDARIEDADE

Uma das coisas que mais abunda em política são os profissionais da imprenta. Os profissionais de imprenta política são essas pessoas que desde um posição de superioridade moral repartem cartões de autenticidade. O mais curioso destes profissionais não é a sua capacidade para dizer e definir quem é de esquerda, nacionalista, patriota, ecologista, …… senão que o é a sua capacidade para situar-se na superioridade moral para ser quem de fazer a função de juiz e vali-dador para emitir os cartões de autenticidade. Outra peculiaridade destes profissionais e pouca capacidade para a auto-critica ou para ser quem de olhar a sua organização ou ideologia desde uma certa distancia equânime. Esta incapacidade para se auto-olhar permite lhes navegar com facilidade nas próprias contradições sem que isto lhes impeda afogar na própria esterqueira militante (com ou sem cartão militante)

O termo esterqueira pode resultar mal soante, mesmo agressivo mas quando olhamos nestes dias passados e ao nosso redor atitudes e silêncios que apoiarão o despejo duma mãe e a sua filha duma casa de Minho a pergunta que nos temos que fazer e se ser de esquerda e guardar silêncio ou situar-se ao lado das indefesas. Porque, digo eu, que um valor de esquerda é e seguira sendo a solidariedade com o débil, a solidariedade com a vizinhança ainda que não sejam perfeitos porque se exigimos perfeição para ser solidários a solidariedade deixara de existir porque todos e todas temos defeitos importantes.

Por desgraça os profissionais da imprenta esquecerão nesta ocasião que para repartir cartão de autenticidade é bom dar a cara e não agachar se detrás das silveiras.

Alguém guardou silêncio, alguém olhou e calou no melhor dos casos noutros mesmo alimentarão o ruxe ruxe do ódio ao diferente do ódio à dignidade duma mãe e da sua filha.

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